Assim foi o 107º Aniversário da TUNA

A Tuna Musical de Ois da Ribeira comemorou 107 anos com um programa de três dias e garantias de futuro, expressas no seu rejuvenescimento – na Orquestra Juvenil, escola de música e classe de cordas. «São 107 anos de respeito, a Tuna é uma grande referência de Ois da Ribeira», disse Nair Barreto, presidente da Câmara Municipal de Águeda.

As festas começaram dia 13 de Novembro, com a arruada e convívio em casa de António Abrantes – sócio honorário da instituição, que nesse dia fazia 52 anos. Continuaram no sábado, com o jantar comemorativo e tempo de homenagem «a quem sempre serve a Tuna», como disse o presidente da direcção, Porfírio Pires.

Homenagem a Otília Reis, José Pires, António Prazeres, Arsénio Lameiro, António Morgado, Hernâni Pires e Anabela, José Carlos (Pôr-do-Sol) e Hermínia Viegas, Nuno Almeida e Luís Miguel e Lima (professores de música), aos presidentes da Assembleia (Horácio Marçal) e da Câmara Municipal de Águeda (Nair Barreto) e da Junta de Freguesia (Fernando Pires) e da direcção da ARCOR (Celestino Viegas), de Ois da Ribeira. E também ao maestro Carlos Matos, que este ano fez 50 anos de músico e se apresentou em palco com um quarteto de netos. Um lindo momento.

* MUITO OBRIGADO: Jorge Élio Framegas, presidente da Assembleia Geral da Tuna, deu o mote interventivo da noite, falando do «ano de transição de direcções, mas sempre com os mesmos objectivo, sempre atingidos», agradecendo o apoio da Câmara Municipal de Águeda e «a todos quantos nos ajudaram».
«A Tuna é uma associação pobrezinha, mas de lutas que é o que nos fez chegar aqui e hoje», disse o PAG, anunciando a actuação do quarteto de quadranetos do fundador Jacinto Matos.

Homenageado foi também David Soares dos Santos, de 84 anos, o mais antigo tuno vivo. «Um homem com o peso da história às costas», dele disse a presidente Nair Barreto.

Intervenções, brevíssimas, tiveram também os presidentes da Junta de Freguesia e da ARCOR – já depois de Porfírio Pires, líder da direcção da Tuna ter agradecidos «a todos e são tantos os que ajudam a Tuna».

Celestino Viegas, da ARCOR, sublinhou o facto de as duas associações «seguirem caminhos diferentes, mas de mãos dadas, para, cada qual no sem campo de acção, tornarem Ois da Ribeira maior e melhor, mais feliz, multiplicando as suas sinergias e desenvolvimento, porque os homens se entendem e têm objectivos comuns». E entregou uma lembrança à Tuna – uma peça de cerâmica decorativa, com os emblemas das suas associações e «107 abraços».

Fernando Pires, da Junta de Freguesia, referindo as duas associações como «símbolos de Ois da Ribeira e exemplos de como é possível pacificar a nossa terra e torná-la desenvolvida».

* HONRAR O PASSADO: Horácio Marçal, presidente da Assembleia Municipal de Águeda, por sua vez, frisou que «a Tuna de Ois da Ribeira está no bom caminho, honra o passado, como aqui se viu, tem presente e futuro». «Tem continuadores, da obra iniciada há 107 anos, dos Jacintos e dos Davides e dos Aires, que aqui também lembro, e tantos outros, é uma associação implantada numa terra pequenina das de grande desenvolvimento, oxalá não esmoreçam», disse Horácio Marçal.

A presidente Nair Barreto, da Câmara Municipal de Águeda, começou por elogiar Ois da Ribeira, «freguesia harmoniosa e em franco desenvolvimento, com obras de grande envergadura». Citou, como exemplo, uma visita que fizera dias antes, com vários presidentes de Câmara do distrito, que «ficaram impressionados com todas as obras que se estão a fazer em Ois da Ribeira».

«Com esta grandiosidade, como é possível… numa freguesia tão pequenina, de apenas 600 e tal eleitores?!!!», lembrou Nair Barreto, das reacções os autarcas visitantes. E de Ois da Ribeira disse ainda que «é terra de gente com grande esforço de valorização e engrandecimento».

«É aqui que enquadramos a Tuna, com 107 anos de respeito, que não se contenta em ser tuna e tem orquestra juvenil e escola de música e agora quer editar um CD (..). Tive emoção quando vi o quarteto de netos do maestro, acompanhando a sua voz fantástica», disse Nair Barreto, referindo-se a Carlos Matos e, depois, sublinhando que David Santos «é um grande homem, com o peso da história às costas». «A Tuna renova-se no palco, mas tem história por trás e não a esquece», disse a presidente da Câmara Municipal de Águeda.

A noite teve ainda a alegria da apresentação de quatros alunos da Escola de Cordas da Tuna, da responsabilidade do professor Lima. Muito aplaudidos.

* SEJA O QUE DEUS QUISER: O dia de domingo foi para a celebração da missa e romagem ao cemitério, de manhã; música popular e convívio, à tarde. O grupo «Seja o que Deus Quiser» encheu o palco do restaurante «Pôr-do-Sol», com a qualidade artística dos seus temas e a irreverência dos seus palcos, artisticamente dirigidos por Celestino Pinho. Estivera há mês e meio numa festa da ARCOR, agora revalidou a fama que alcançou na estreia. Não foram regateadas palmas, bem merecidas, um mar delas. Assim como o mini-concerto da Tuna, de novo com Carlos Matos a solo de voz.

Tudo brilhante. «Até para o ano, com este excelente público, pois sem público não haverá Tuna…», disse o presidente Porfírio Tavares Pires, a terminar a festa dos 107 anos da Tuna.

Fonte: www.padrejulio.net

Data associada:
13/11/2004
20/11/2004
21/11/2004

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